Mesmo depois de 50 anos da sua morte, Coco Chanel continua sendo uma das estilistas mais comentadas e admiradas no mundo. Isso porque ela faz parte do seleto grupo de mulheres que fizeram história mudando a forma de ser mulher na sociedade europeia do século XX.
Chanel deu liberdade às mulheres. Até então, o look feminino era composto por seis partes antes da roupa principal. Além disso, dentre outras coisas, a estilista também foi uma das maiores incentivadoras da liberdade feminina da sua época.
“Eu não faço a moda, eu sou a moda”. Coco Chanel.
Em Moulins, então, Gabrielle Chanel deu os primeiros passos no ofício que a consagraria. Foi lá também que ela recebeu o apelido Coco, dado por oficiais de um regimento de cavalaria frequentadores de um café onde ela, eventualmente, se apresentava cantando. Em uma dessas noites de cantoria ela conheceu Étienne Balsan, o primeiro namorado, herdeiro de uma fábrica de tecidos e que a introduziu à alta sociedade francesa.
O relacionamento com Balsan não durou muito, pois ela se apaixonou por Arthur Edward "Boy" Capel, um milionário inglês que manteve um longo relacionamento com ela. Capel decidiu investir no talento de Coco, e a ajudou a abrir a primeira loja, especializada em chapéus. A Chanel Modes ficava no número 21 da rua Cambon, em Paris.
Rapidamente Coco alcançou o estrelato. Seus chapéus eram queridos pelas grandes atrizes francesas da época, como Gabrielle Dorziat, que usava uma criação de Chanel em cena, na peça "Bel Ami". O sucesso fez com que ela logo abrisse uma segunda loja, no balneário de Deauville. Lá, além dos chapéus, ela lançou uma coleção de roupas casuais e esportivas. Um hit da época era a blusa marinière, com listras horizontais, inspirada nos marinheiros de então, e que até hoje é um dos ícones da grife.
A terceira loja de Coco foi aberta em 1915 em Biarritz, próspera cidade praiana francesa, quase na fronteira com a Espanha. Endinheirados franceses, espanhóis e de diversas nacionalidades escapavam da Primeira Guerra Mundial, que estava em pleno curso, na cidadezinha. Enquanto outras lojas fechavam, a Chanel seguia aberta, vendendo vestidos de jérsei, um tecido barato, que na época era mais usado para roupas íntimas masculinas. Com bom caimento, o jérsei era ideal para Coco, que fazia com ele peças femininas inspiradas justamente no guarda-roupa dos homens.
Em 1935, Coco atingiu o auge profissional, com 4 mil funcionários, na maioria mulheres, trabalhando em seus ateliês e nas lojas. Nesta época ela já havia lançado várias de suas criações mais icônicas, como os tailleurs de tweed, o vestidinho preto e o perfume Chanel nº 5, bem como produtos de beleza e joias. Era requisitada por estrelas de Hollywood, e assim foi, um retumbante sucesso, até 1939, quando a Segunda Guerra Mundial atingiu em cheio a França.
Chanel tinha então 71 anos de idade e muitas criações de sucesso ao longo de sua história. Ela optou então por atualizar os looks clássicos. Foi a consagração do tailleur de tweed, por exemplo, com saia sequinha, blazer sem gola, botões dourados e a correntinha costurada por dentro da barra, dando peso e garantindo o caimento perfeito da peça.
Coco Chanel morreu em janeiro de 1971, aos 87 anos, no Hotel Ritz, em Paris. Localizado na Place Vendôme, a poucos passos da rua Cambon, o Ritz foi casa para ela por mais de 30 anos. Ela estava trabalhando em uma coleção de primavera que, quando lançada, fez imenso sucesso. Depois da morte de Coco, assistentes continuaram a desenhar as coleções até 1983, quando Karl Lagerfeld assumiu a criação da Chanel, onde permaneceu até morrer, em 2019.
Gostaram da história de Coco? Pretendo uma vez ao mês falar um pouco sobre alguma estilista que fez sucesso no meio da moda. Aceito sugestões!
Até o próximo post,
Informações: revista Elle
Cris Felix
Oi sou a Cris,
Sou formada em Design de Moda. Blogueira de moda, beleza e lifestyle por amor. Eu amo falar sobre tendências e tudo que envolve o universo feminino.